o veterinário e melhorista, Tadeu Lemos Barros é uma forte referência quando o assunto é melhoramento genético e tecnologia para produção de carcaça e carne de qualidade. À frente da Proimagem Melhoramento, credenciada para uso da tecnologia de ultrassom, com o Software BIA, o profissional acompanhou de perto a evolução da pecuária brasileira nos últimos quarenta anos.

O profissional viu perto o surgimento e evolução de programas como o Paint Lagoa da Serra e Delta Gen, além do PMGZ e Geneplus. Na década de 80 já estava na estrada assessorando fazendas nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás onde treinou mais de mil profissionais para o uso da inseminação artificial. “Em mais de quarenta anos de atividade em projetos de melhoramento genético, assessorei e orientei meus clientes no uso de tecnologias como a IA, posteriormente a IATF e mais recentemente a FIV desde que surgiram no mercado, sempre utilizando animais de destaque dos programas de melhoramento”, contou.

Membro do Colégio Brasileiro de Reprodução e Colégio Brasileiro de Andrologia, de Belo Horizonte, MG, Tadeu conheceu de perto o trabalho inovador da linhagem IZ, utilizada em importantes criatórios. Em 1997 conheceu a tecnologia de US numa viagem técnica aos Estados Unidos, onde passou por propriedades em diversos estados, conheceu programas de melhoramento de várias raças, inclusive o programa Angus, que utilizava a tecnologia do Software BIA. “Eu entendi que essa tecnologia tinha potencial para promover uma grande evolução no mercado de genética”, contou.

No ano 2.000 fez outra viagem técnica aos EUA com um grupo de dez criadores brasileiros, incluindo o criador Jorge Camargo que também viu de perto o potencial da US. “Foi necessário esperar algum tempo até que a tecnologia estivesse disponível no Brasil. Em 2011 a Proimagem se credenciou para o uso da tecnologia e, desde então iniciamos um novo ciclo de trabalho com foco produção de carcaças modernas e da carne de qualidade”, contou.

A vida dedicada ao melhoramento genético de bovinos trouxe ao profissional um olhar aguçado e a característica singular de enxergar fora da curva ou ‘fora da caixa’. “O padrão dos programas de melhoramento, tanto no Nelore quando em outras raças, a grande preocupação dos criadores é com o peso, peso à desmama, peso ao nascer, peso ao sobreano. A minha preocupação não é com o peso mas com a engenharia do animal, com o equilíbrio das características para uma carcaça de qualidade. Para o programa Proimagem, importa mais o alicerce de um animal equilibrado para um projeto de carcaça e não o peso”, explicou.

Nesse conceito, segundo Tadeu, a Proimagem mantém o critério de seleção baseado 100% na ultrassonografia. “Buscamos o equilíbrio das medidas de US, para gerar um animal produtivo, precoce, melhorar a relação carne/osso e ainda produzir carne gourmet. Em clientes como o Nelore Birigui, a Fazenda União, a Fazenda Santa Clara e a Fazenda Barra do Traitu, por exemplo, temos a oportunidade de comprovar nossa metodologia de trabalho com melhoramento genético, buscando esse equilíbrio”, explicou.

A junção da melhor tecnologia que é a US, com os dados científicos oriundos das parcerias com universidades como a UFGD e Unesp Jaboticabal - por meio das pesquisas desenvolvidas pelos professores Leonardo Seno e Humberto Tonhati – juntamente com a experiência e intuição do profissional, fez com que a Proimagem criasse seus próprios protocolos e avaliações nas quais não existe ponderação para peso, segundo explicou. “O que existe é a ponderação para o equilíbrio do AOL, MAR e EGS. Esse equilíbrio fará um animal mais precoce, que cessa o crescimento do osso mais rápido e tem melhor rendimento na desossa. O equilíbrio deve ser a palavra de ordem num programa de melhoramento para carcaça e para carne de qualidade”, avaliou.

Segundo Tadeu os programas de melhoramento da Proimagem mantém atenção ao conceito de carcaça padrão e para isso o uso da US é fundamental. Além disso, a necessidade de produção de touros para o mercado de qualidade é crescente. “Hoje não temos mercadoria para suprir o mercado. A tecnologia da US permite encurtar o ciclo de produção da pecuária. Nossas desmamas de um ano já são as mães do ano que vem. A US permite essa realidade de evolução rápida do rebanho encurtando o tempo entre gerações”, avaliou.

A Proimagem atua em dezenas de fazendas, com as raças Nelore, Gir, Angus e Hereford voltadas para programas melhoramento animal, carcaça e de carne de qualidade, nos estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Rio Grande do Sul. Ano passado iniciou um projeto na Bolívia, onde avaliou um lote de mil animais da criadora Mariella Maldonado, da Hacienda Sam Expedito, onde também palestrou em Dia de Campo.

Tadeu Lemos Barros
(18) 98111-1195
tadeulemosbarros@gmail.com

Campo Grande (MS)

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